quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Violência doméstica na Paraíba mata mais mulheres que tráfico de drogas

Violência doméstica vitimou 24 mulheres nos sete primeiros meses de 2013.
Levantamento é do Centro da Mulher 8 de Março.

O número de mulheres mortas por violência doméstica na Paraíba, nos setes primeiros meses deste ano, é maior do que a quantidade de vítimas femininas que atuavam no tráfico de drogas, de acordo com o levantamento feito pelo Centro da Mulher 8 de Março, divulgado nesta terça-feira (6). Ao todo foram 24 mulheres mortas quando o suspeito tinha algum tipo de relação afetiva com a vítima, eApesar disso, o relatório aponta uma pequena diminuição nos casos de violência doméstica. Em 2012, até o final de julho, 30 casos já haviam sido registrados, além de outras 53 tentativas de homicídio, enquanto neste ano são 33 tentativas. Em 2013 outras 22 mulheres sofreram agressões físicas.
Nos casos de estupro também registro-seu uma queda nos gráficos. De janeiro a julho de 2012 foram 53 estupros, nove a mais do que no mesmo período deste ano.
A delegada Renata Matias, da Delegacia da Mulher de João Pessoa, acredita que a Lei Maria da Penha, que completa sete anos nesta quarta-feira, tem sido eficaz no combate à violência contra o público feminino. Por isso, as mulheres se sentem cada vez mais motivadas a denunciar qualquer tipo de agressão, seja física ou psicológica. “Com a Lei Maria da Penha, a mulher ganhou toda uma proteção, toda uma estrutura que a motiva a denunciar. Por conta disso, a sociedade tem a falsa impressão de que, com a lei, a violência contra a mulher aumentou. Isso não aconteceu. O que aconteceu é que a mulher denuncia cada vez mais os companheiros”, enfatizou.
Com relação aos casos que atende, Renata Matias explicou que o perfil das vítimas de violência doméstica é variado. “A violência doméstica está em todas as classes, em todas as faixas etárias. Há mulheres que foram vítimas de violência apenas uma vez e não hesitaram em denunciar. Há outras que denunciaram após sofrer muito tempo em silêncio”, disse.
A delegada disse ainda que, diferentemente do que se pensa, a dependência emocional tem sido um fator que impede que a mulher denuncie o companheiro, até mais que a financeira. “Há também a dependência financeira, claro. Mas o que percebemos é que as mulheres não querem denunciar os agressores porque gostam deles, simplesmente”, completou, acrescentando que, a possibilidade de o agressor ser punido mesmo sem que a vítima o denuncie, dá mais eficiência ao trabalho da polícia em combater a violência doméstica. “A polícia ficou para cumprir a lei, punir e não dar conselhos. Hoje, qualquer pessoa pode denunciar uma agressão física que presencie”.
Para combater a violência contra a mulher, a delegada pontuou que são vários os mecânicos que a sociedade dispõe. “É muito importante que a sociedade se conscientize e passe a ser cada vez mais uma parceira no combate a esse tipo de crime. Qualquer pessoa pode denunciar pelo 197, o disque-denúncia da Polícia Civil, ou o 190”, disse Renata Matias.nquanto 18 envolvidas com o tráfico de drogas foram assassinadas.

Um caso de violência doméstica que chocou o país: CASO JOAQUIM

Desaparecimento de Joaquim completa um mês e população marca ato para cobrar punição

Padrasto é apontado como principal suspeito pelo crime; ele e mãe do menino estão presos
Corpo da criança foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, no dia 10Reprodução/Facebook
No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para as 18h desta quinta-feira (5).
O caso provocou comoção e revolta e, desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.
No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.
Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.
A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.
“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.
O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”
Investigação
O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.
Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.
Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.
O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.

SAIBA MAIS SBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


.
 

O que é violência doméstica?



Às vezes sinto que meu parceiro está me agredindo, mas ele nunca me bateu. Afinal, o que é violência doméstica?

Uma agressão não precisa envolver violência física para ser considerada violência doméstica. Quando uma pessoa, em um relacionamento, tenta controlar e dominar a outra, isso é violência doméstica. Há muitos tipos de violência doméstica. Esta é uma lista com alguns tipos de violência doméstica:
  • Agressões físicas: empurrar, bater, golpear, morder, chutar, arremessar objetos contra uma pessoa, utilizar uma arma, forçar sexo ou carícias, estuprar, asfixiar;
  • Isolamento: proibi-la de ver pessoas; controlar suas companhias e conversas; querer controlar o seu paradeiro o tempo todo;
  • Agressão Emocional: xingá-la; colocá-la para baixo; fazer chantagem emocional; humilhá-la em público;
  • Agressão econômica: tomar o seu dinheiro; obrigá-la a pedir por dinheiro; controlar todo o dinheiro;
  • Agressão sexual: tratá-la como um objeto sexual; forçá-la a fazer sexo ou a ter atitudes sexuais quando você não queira;
  • Usar as crianças: usar as visitações como um pretexto para perturbá-la; pressionar as crianças para obter informações a seu respeito; insultá-la na presença das crianças;
  • Ameaças: dizer que vai levar as crianças embora, que você nunca mais as verá novamente; ameaçar machucá-la; ameaçar denunciá-la à assistência social ou à DSS; ameaçar machucar a sua família; ameaçar machucar-se a si mesmo;
  • Insistir em estar no controle: tratá-la como uma criada; tomar as decisões importantes;
  • Intimidação: através do olhar; ferir animais de estimação; destruir sua propriedade.


Sinto-me tão só. Há muitas mulheres nessa situação?

Atualmente, a violência doméstica é uma das mais sérias ameaças de saúde pública às mulheres nos Estados Unidos. Milhares de mulheres são espancadas por seus parceiros ou ex-parceiros todos os anos. Em 2007, mais de 35,000 pedidos de mandado de proteção foram feitos aos tribunais de Massachusetts. A maioria destes pedidos foi feita por mulheres (veja o Guarda e Visitação dos Filhos).

A violência doméstica é crime?


Algumas formas de violência doméstica são crimes. Por exemplo, violência física e sexo à força são crimes. Se o seu parceiro ameaça usar força física contra você ou seus filhos, isso também é crime. Outras formas de violência doméstica também podem ser criminosas. Veja o Ordens de Proteção 209A.

Receio que meus filhos estejam sendo agredidos. Quais são os diferentes tipos de agressão infantil?


Alguns tipos de agressão infantil são:

  • fazer uma criança presenciar cenas de violência doméstica;
  • abusar sexualmente de uma criança;
  • agredir fisicamente uma criança.

Agredir crianças é crime?


Sim, às vezes é. Algumas formas de agressão infantil são crimes.

PESQUISA SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

RESULTADOS DE UMA PESQUISA SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.














segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não deixe que o medo te silêncie

Lei Maria da Penha 
de 22 de setembro de 2006

Comparando-se os períodos antes e depois da vigência da Lei, 
as taxas de mortalidade por 100 mil mulheres 
foram 5,28 no período de 2001 a 2006 e 5,22 de 2007 a 2011.
Ou seja, houve uma pequena redução desses crimes bárbaros, 
que são geralmente executados por homens, 
parceiros ou ex-parceiros, 
e decorrem de situações de abusos em casa, 
ameaças ou intimidação, violência sexual, 
ou situações nas quais a mulher tem 
menos poder ou menos recursos do que o homem.

Atualmente, uma mulher morre a 
cada 1h30min no Brasil.